A identidade de Deus para nós!
Ap
2.1-3.22
Como somos
diferentes uns dos outros! Fazer uma reunião com muitas pessoas para decidir
algo que envolve gosto particular é uma prova disso. As vezes até gostaríamos
que todos pensassem igual – igual a nós de preferência! Porque, como é difícil
lidar com as diferenças. Você não acha?
Uma boa
notícia: Deus sabe lidar conosco em nossas particularidades. Ele mesmo nos
criou do jeito que somos, e nos fez bem diferentes em muitos aspectos, gostos e
estilos, porque gosta disso.
E nessa
miscelânea toda, conseguir formar uma identidade própria é muito complicado,
porque parece que sempre queremos ser aquilo que os outros querem que sejamos, (principalmente
pela necessidade inerente de aceitação que temos); e isso as vezes sem perceber.
O mundo nos empurra vários ícones para prestar esse serviço, olhe só:
Neymar
– cabelo esquisito
Restart
– tudo colorido
Mulher melancia, mulher pêra, mulher melão – botar
silicone em tudo!
Funk da menina da novela das oito – gostar de música ruim
(desculpem-me os funkeiros!)
Aparelhos eletrônicos (mídia) – é preciso tê-los se não
você morre! (será que morre mesmo?)
O mundo
oferece identidades. Não só as oferece, como na maioria das vezes a força sobre
nós (diga para seus amigos que você quer deixar para tranzar só depois do
casamento pra você ver! No mínimo vão te chamar de sem vontade; no mínimo!) Deus, em contrapartida do mundo, oferece
uma nova identidade para aqueles que são seus filhos. Uma identidade que começa
a partir do encontro com Jesus, e passa no revelar de quem somos de fato e do
que seremos em Deus um dia. Ele convoca a todos a participarem dessa
identidade, principalmente aqueles que se dizem seus filhos por meio de Jesus
(sem ela, podemos ficar de fora do reino de Deus! Imagine o anjo lá pedindo
assim na porta do céu: “Identidade, por favor”. E aí você esqueceu a sua em
alguma curva do caminho da vida. Daí ferrô!) Quero mostrar quatro aspectos
dessa identidade de Deus para nossa vida, a partir de coisas comuns nas cartas
de Jesus para as sete igrejas, que estão no livro de Apocalipse. Também, três
coisas que distorcem essa identidade em nós. Vamos lá?
·
Somos
fracos e necessitamos dele (2.9; 3.1; 3.8; 3.17)
Esse
é um aspecto da identidade que Deus imprimi na vida dos seus. Não há espaço
aqui para a arrogância, prepotência e altivez de uma vida independente,
principalmente de Jesus. Ele nos criou para sermos dependentes dele em tudo,
porque nele está toda vida, força e poder que necessitamos. Além disso, o
pecado imprimiu uma outra característica em nós: de pecadores caídos,
miseráveis e perdidos. Isso ainda mais nos leva à viver sob dependência de
Deus. Por que só Nele, temos vitória sobre o pecado e as conseqüências que ele
gera (agora, com tanta desgraça, e no porvir, com o afastamento eterno de Deus).
·
Santidade
(2.2; 2.14-15; 2.20)
A
santidade é a vida em busca da pureza em todos os aspectos. Deus não espera que
sejamos perfeitos, por que sabe que não o podemos nesta vida. Espera sim que
lutemos com todas as forças contra o pecado. “Sede santos, porque eu sou santo”
Ele diz para nós (1Pe 1.15-17; Rm 6.19-23). Se antes nossa vida produzia frutos
para o pecado e maldade, agora Deus, que semeou uma boa semente em nós, espera
que haja o fruto para a santificação. Se antes minha boca era usada pelo pecado
(palavrões, mentiras, fofocas, insultos, impurezas sexuais, etc), agora, Deus
espera que ela seja oferecida para a justiça, para edificação, para abençoar
outros, para louvar e adorar a Ele, etc. Assim em tudo na nossa vida:
pensamentos (Fp 4.8), corpo (1 Co 6.12-20) – a questão da impureza sexual foi
muito citada por Jesus nas cartas e é algo que facilmente nos leva ao pecado e
para longe de Deus; como disse, em tudo
(1 Co 10.31). Para isso, sempre há um chamado ao arrependimento. Isso fica
claro nas vezes que Jesus levanta alguns pecados das igrejas (“arrependam-se...
vejam onde caíram... voltam as práticas das primeiras obras...”). Lembrando,
Deus não espera que sejamos perfeitos, mas que lutemos firmemente contra o
pecado e nos humilhemos diante dele em arrependimento e confissão todas as
vezes que cairmos.
·
Perseverança/fidelidade
(2.3; 2.10; 2.13; 2.19)
Outro
aspecto da identidade que Deus espera que seus filhos tenham. Fidelidade e
perseverança sempre andam de mãos dadas. A fidelidade, não negando o seu nome
nem renunciando a fé (Ap 2.13) – manter-se firme no caminho que você se propôs
a trilhar com Jesus, até o fim. A perseverança, continuar mesmo quando tudo a
sua volta se levanta para fazê-lo parar. E isso, nas piores provações e
privações que possamos passar. Pensando mais para a nossa realidade: ser fiel e
perseverante em meio aos “amigos” que zombam de você por causa da fé em Jesus;
dos familiares que acham a maior babaquice esta história de religião; quando as
oportunidades mais bacanas na vida surgem, mas trazem consigo escolhas que te
afastam de Deus, etc.
·
Serviço/trabalho
(todas as vezes que ele disse: conheço tuas obras; 2.2; 2.19)
Deus
não chama ninguém para ficar esperando até que ele volte de braços cruzados.
Ele espera que cooperemos para o Reino de Deus, crescendo na fé, edificando e
abençoando outras pessoas, e principalmente, testemunhando da obra de Deus na
nossa vida, para que outros também conheçam a Jesus.
Algumas
coisas que distorcem a identidade que Deus quer formar em nós:
·
Religiosidade:
fazer as coisas, mas sem a motivação correta. Na igreja em Éfeso, parece que havia
muito trabalho e esforço; não toleravam homens maus, pessoas que se diziam de
Cristo, mas não eram. Mas alguma coisa aconteceu. Apesar de ser muito ativa,
aquela igreja havia esquecido a real motivação das suas obras: o amor a Jesus.
Quando começamos a nos acostumar a estar na igreja, a fazer o que todos fazem,
a seguir as “regras pré-estabelecidas” pela igreja, mas o fazemos sem amar a
Cristo realmente, estamos entrando da religiosidade, e precisamos rever o nosso
coração. (Como é fácil, ser batizado, confirmado e ir no grupo de jovens ou
cultos da Igreja, se dizer de Deus, mas fazer tudo isso sem amar a Deus, por
simples costume!)
·
Pessoas
que estão na igreja para desviar da verdade e do compromisso com Jesus: Em Éfeso,
Pérgamo e Tiatira, Jesus falou que haviam pessoas que viviam ensinos e práticas
que não condiziam com a sua vontade. Isso acontece até hoje. Por isso temos que
tomar muito cuidado em quem nós vamos nos espelhar. De alguma forma ou de
outra, nós sempre seremos influenciados pelas pessoas a nossa volta. Então,
cabe a nós procurarmos imitar aquelas que tem compromisso e amor verdadeiro por
Jesus, e que demonstram isso no seu dia a dia. (Como é fácil para os jovens
escolherem imitar justamente os maus exemplos, de pessoas que são rebeldes a
Deus, apesar de viverem no meio da igreja!)
·
Achar
que está tudo bem, só porque a vida aparentemente está boa: Isso
é outra coisa que distorce a identidade que Jesus quer formar em nós. O fato de
termos uma vida razoável, estável, onde aparentemente tudo está indo bem (estou
fazendo um curso na faculdade que gosto; tenho um bom emprego, estou conseguindo
comprar tudo o que preciso; tenho uma pessoa que gosto muito ao meu lado, etc) nunca
será garantia de que a nossa vida está bem aos olhos de Deus. Na igreja de
Laodicéia, eles achavam que por estarem bem financeiramente, e tranqüilos na
sua vida material, não precisavam de mais nada e Deus estava sendo favorável a
eles. Mas Jesus diz que eram “miseráveis, dignos de compaixão, pobres, cegos e
nus” (Ap 3.17). Na Igreja de Sardes, o engano era tão grande, e a tranqüilidade
falsa deles diante de Deus era tão perversa, que Jesus chegou a dizer que eles
tinham “aparência de vivo, mas esta(vam) morto(s)” (Ap 3.1). Percebe-se nesses
dois exemplos como é fácil nos tempos tranqüilos da vida, começarmos a
descuidar da vida com Deus, e até a desviar os nossos olhos dele, e colocá-los
no mundo a nossa volta, achando que ele (mundo) pode dar paz, tranquilidade e
esperança. Podemos até viver uma vida bem tranqüila aqui. Mas não foi para dar
tranqüilidade nesta vida que Jesus nos chamou. (Como é fácil para os jovens
deixarem que as conquistas como boas formações, empregos com bons salários e
muita diversão disponível, se tornarem o centro e motivação da vida, e não a
entrega para o serviço e amor a Jesus!)
Volta e meia, volto a ler esse texto.E quando eu chego no final e me aparece essas perguntas: "E aí? Quals será a sua identidade? Como você será conhecido?"
ResponderExcluireu consigo me lembrar que existe um Deus a cuidar de mim. =) e uma verdadeira identidade =D
Valeu pelo comentário Jonathan. É muito bom saber que o texto está servindo para sua edificação pessoal. Esse é o propósito! Abraço mano!
ExcluirQue mensagem! Em dias, onde estamos vivendo um evangelho meio termo, onde igrejas já não pregam mais arrependimento, só prosperidade. Que Deus continue abençoando sua vida...
ResponderExcluir