Todo o mandamento existente na Bíblia se concentra no que Jesus falou a
nós: “Ame ao próximo com a si mesmo” (Rm 13.8-10). Este amor não pode ser
reduzido a um simples sentimento de “bem-querer” que em alguns momentos nos
invade. Ele é de fato amor quando expressado em ações, mesmo quando os
sentimentos apontem em outra direção. O trecho bíblico de 1 Jo 3.16-18 nos mostra
a essência do amor. Ele não deve ser de “palavra ou de boca”, coisas que passam
tão facilmente como são elaboradas. A maneira correta de amar é “em ação e
verdade”.
Mas como? Qual exemplo temos de amor dessa forma? A resposta está um
pouco antes. O amor é conhecido pelo que Jesus fez por nós. O seu sacrifício é
o parâmetro para medir e inspirar nosso amor. Jesus declarou em outra parte que
“nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos” (Mc 10.44). Logo, a forma genuína que temos de
manifestar o amor de Cristo em nós é pelo serviço aos outros, e este serviço
requer doação. Assim como para nos servir Jesus precisou se dar, o trecho da
carta de João nos convida a dar nossas vidas pelos irmãos.
Vendo desta maneira,
o servidor genuíno vive mais do que uma lista de tarefas que realiza em
determinados momentos, e sim uma disposição constante do coração, impulsionado
pelo exemplo sempre presente do amor de Cristo. Não é condicionado a
sentimentos para servir, antes os disciplina para continuar em operação. Não
escolhe quem é ou não digno de ser servido, mas percebe as necessidades e serve
até os inimigos se assim puder (Mt 5.43-48; Rm 12.17-21). Não considera nenhuma
tarefa irrelevante ou depreciativa, pois as coisas simples o agradam e não se
importa em ser o menor e último (Mc 10.43-44), desde que possa abençoar e
honrar outras pessoas.
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